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Violência e meios de comunicação

Lupita Venegas

Um conto finlandês narra o diálogo entre neto e avô. Este ensinava que cada ser humano carrega um lobo bom e um mau dentro de si. O primeiro inspira a amizade, o serviço, a compaixão e o amor pelos outros, enquanto o segundo provoca o rancor, a ira, o ressentimento e a violência exacerbada.

O neto, intrigado, perguntou: - Qual dos dois vence?

A resposta: - Aquele que você alimentar mais.

Paracelso, médico suíço, dizia há cinco séculos: “somos o que comemos”. Hoje podemos dizer sem sombra de dúvida: somos o que vemos, o que lemos, o que escutamos.

Se alimentamos nossa mente com violência, é isso o que sairá de nós em circunstâncias inesperadas. Por isso, estamos sobrevivendo a um bombardeio de notícias violentas como jamais aconteceu. Acabar com a vida de outro é questão de estar aborrecido ou frustrado.

Os pais de família e especialistas em comportamento preocupam-se em resolver problemas de educação enfrentando diversos meios. O vício e o uso responsável da sexualidade têm sido temas recorrentes mas, atualmente, queremos resolver algo que vai além dos esforços do senso comum: a violência.

O dr. Michael Rich, pediatra norte-americano e fundador em Boston de uma instituição de saúde para crianças e sua relação com os meios de comunicação, estuda a conduta violenta das crianças e adolescentes nos Estados Unidos. Reconhece que os conteúdos violentos estimulam condutas semelhantes.

A violência aparece em 61% dos programas mais populares entre crianças e jovens. Estudos cerebrais fazem notar que algumas partes primitivas do mesmo são ativadas com a violência observada nos diversos meios de comunicação: músicas com letras que incitam à destruição, jogos de vídeo game, internet e televisão. A ativação dessas zonas provoca condutas primitivas no homem, aumentando os seus níveis de violência ao ponto de poder matar sem pensar.

As causas de morte há cem anos eram basicamente as doenças infecciosas, o câncer, as más formações congênitas. Hoje, de forma surpreendente, registram-se as lesões intencionais, assaltos, homicídio, suicídio e doenças surgidas devido ao consumo de drogas, álcool e diversas desordens alimentares.

Coincidência?

Há atores que devem reconhecer a sua responsabilidade social, Os produtores de programas e filmes, os patrocinadores que, em busca de audiência, não atentam para as mensagens que estão apoiando financeiramente e, conseqüentemente, aos consumidores de tais conteúdos, pois não há dúvida de que as telas exibem o que se consome.

A responsabilidade final é das famílias

Temos o controle e nos seria muito proveitoso sermos congruentes. Se dizemos que estamos a favor do que nos dignifica, devemos demonstrar.

Deixemos de ver, escutar e ler porcarias para reverter esse processo de violência que está nos levando a ser o que o utilitarista Hobbes despoticamente sustentava: o homem é o lobo do homem.



 


 

Lupita Venegas

Fonte: www.mujernueva.org

 

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