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Rebeca Batista da Silva
Coluna "Mãe e bebê, vida que segue"

Drogas: um inimigo da gestação e do seu bebê

Rebeca Batista da Silva *

É mais comum do que imaginamos, que mulheres que costumam fazer uso contínuo de drogas ou álcool quando ficam gestantes não consigam se libertar do vício até os dois meses de gestação, até porque, muitas vezes, aos dois meses ela nem descobriu que está grávida e aí a droga já causou efeitos indesejáveis no embrião.

Isso faz com que o feto, tendo contato desde o útero com a droga ou álcool, sinta uma necessidade de suprir essa falta depois que nasce. Filhos de mães que, durante a gravidez, usaram algum tipo de droga (crack, cocaína), após o nascimento e por um período de três meses sofrem com os efeitos causados por essas substâncias.

Tais reações se caracterizam por irritação excessiva, sono além do normal, vômitos com diarreia e, em casos mais extremos convulsão, sendo uma confirmação de que esses bebês sentem falta como se fossem os próprios viciados.

Nessa situação é comum a criança nascer abaixo do peso, devido à desnutrição e um desenvolvimento incomum. O ideal é que não se tenha nenhum vício, pois as drogas lícitas também podem interferir de maneira negativa na vida do recém-nascido. A bebida pode causar danos mentais, muitas vezes maiores que as drogas ilícitas e o fumo é responsável pelo desenvolvimento de doenças respiratórias.

Sendo detectado o vício na mulher que está gestante, é recomendado que, assim que descoberta a gravidez, ela pare com o uso de tais substâncias tóxicas.

A síndrome da abstinência neonatal se define por um grupo de reações que o bebê apresenta quando deixa de ser exposto a esses narcóticos. Quase todas as drogas passam através do fluxo de sangue da mãe, através da placenta para o feto.

Quando uma gestante usa substâncias ilícitas, ela coloca o seu bebê em risco para muitos problemas. Além disso, uma mãe usando drogas pode ser menos propensa a procurar cuidados pré-natais, o que pode aumentar os riscos para ela e seu bebê.

Além das dificuldades específicas de retirada após nascimento, os problemas causados no bebê podem incluir:

  • Crescimento intrauterino retardado
  • Parto prematuro
  • Convulsões
  • Anomalias congênitas

Os sintomas da síndrome de abstinência neonatal podem variar dependendo do tipo de substância usada. No entanto, cada bebê pode apresentar sintomas de forma diferente.

Mas, em geral, são eles:

  • Tremores
  • Irritabilidade (choro excessivo)
  • Problemas de sono
  • Reflexos hiperativos
  • Convulsões
  • Alimentação deficiente e chupar ao invés de sugar
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Desidratação
  • Sudorese (suor excessivo)

Os bebês que sofrem de abstinência são irritáveis e, muitas vezes, têm dificuldade de serem consolados. Alguns recém-nascidos podem precisar de medicamentos para tratar os sintomas da abstinência grave, o que será decidido pelo médico que estiver acompanhando o caso.

Esse é um problema totalmente evitável. No entanto, ele requer que a mãe pare de usar drogas antes da gravidez, ou logo que descobre estar grávida. Essa é uma decisão dela para garantir um desenvolvimento e nascimento saudáveis para seu filho.

Rebeca Batista da Silva é enfermeira intensivista (Coren-SP 171720), graduada em enfermagem pela Universidade de Pernambuco-UPE e pós-graduada (Especialista) em UTI neonatal e pediátrica.

e-mail: becabatista@yahoo.com.br

Publicado no Portal da Família em 03/06/2013

bebê afetado pela mãe que usa drogas ou alcool

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