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Mulheres cientistas maravilhosas para inspirar seus alunos

Mulheres cientistas maravilhosas para inspirar seus alunos

Mulheres cientistas

Provando, mais uma vez, que as mulheres podem fazer tudo ... e tudo.

A quantidade de homens conhecidos por atuarem em Ciências, tecnologia, engenharia e matemática (conjunto de áreas conhecido pela sigla STEM, em inglês) é maior que a de mulheres. Mas isso não significa que a quantidade de mulheres que atuaram ou atuam com destaque nessas áreas não seja grande.

Peça aos seus alunos para lembrarem o nome de uma mulher cientista, e eles muito provavelmente pensarão, por exemplo, em Marie Curie. Está correto, mas é bom saberem que, embora as contribuições de Marie tenham sido incrivelmente importantes, ela é apenas uma de uma longa linha de mulheres cientistas sobre as quais seus alunos deveriam saber mais.

Para despertar o interesse dos seus alunos pelas ciências, uma sugestão é apresentar para eles exemplos de mulheres cientistas. Comece com esta pequena lista de mulheres que estudaram de tudo, desde borboletas a dinossauros e física nuclear. Dê vida às lições fazendo um experimento ou atividade prática, assim como essas mulheres maravilhosas fizeram. Há muito aqui para inspirar a próxima geração!

Marie Curie, física e química (1867-1934)

Por que ela é maravilhosa: A física francesa de origem polonesa Marie Sklodowska Curie conquistou dois feitos relacionados ao Nobel: foi a primeira mulher a obter um prêmio, assim como a primeira pessoa a recebê-lo duas vezes. O primeiro reconhecimento chegou com o Prêmio Nobel de Física, que recebeu em 1903 com seu marido, Pierre Curie, e com Henri Becquerel, por descobrir os elementos radioativos rádio e polônio. Em 1911, Marie Curie conquistou o Nobel de Química por suas investigações sobre o rádio e seus compostos.

Outras mulheres cientistas como Marie Curie: Lise Meitner, Física (1878-1968) teve contribuição fundamental no que sabemos hoje sobre física nuclear.

Ada Lovelace, Matemática (1815-1852)

Por que ela é maravilhosa: seu pai era o poeta Lord Byron, e seu casamento fez dela a Condessa de Lovelace, mas a paixão de Ada era matemática. Ela e Charles Babbage trabalharam juntos para criar o que muitos consideram o primeiro computador, a Máquina Analítica. Ela é amplamente considerada como a primeira programadora de computador da história.

Experimente o seguinte: dê às crianças a chance de experimentar a codificação e a programação atuais com projetos de codificação divertidos e fáceis para crianças. Discorra para eles um pouco da história da computação e sobre os primeiros computadores.

Outras mulheres cientistas, como Ada Lovelace: Émilie du Châtelet (1706–1749) traduziu os “Principia” de Isaac Newton e escreveu um texto seminal sobre a física. Grace Hopper (1906–1992) foi uma contra-almirante naval americana que trabalhou no primeiro computador comercial dos Estados Unidos.

Maria Sibylla Merian, entomologista e artista (1647-1717)

Por que ela é maravilhosa: Adora borboletas? O mesmo aconteceu com a suiça Maria Sibylla Merian - tanto que ela foi uma das primeiras a compreender e ilustrar verdadeiramente a metamorfose das borboletas. Suas belas ilustrações coloridas (incomuns na época) mostraram ao mundo como essas criaturas são magníficas. Em 1699, aos 52 anos, Maria viajou da Europa para o Suriname holandês, na América do Sul. Por dois anos, ela explorou as selvas e criou alguns de seus trabalhos mais conhecidos.

Leia sobre ela: Leitores mais velhos podem aprender mais sobre sua vida em Crisálida: Maria Sibylla Merian e os segredos da metamorfose (Todd, 2007).

Experimente o seguinte: leve as crianças para ver as borboletas no jardim e peça-lhes que comecem seus próprios diários da natureza, documentando e desenhando o que veem. Explore o ciclo de vida de uma borboleta de perto criando-as na sala de aula ou, melhor ainda, criando um jardim de borboletas no terreno da sua escola. Observar a asa de uma borboleta com um microscópio pode ser impressionante, converse sobre a metamorfose das borboletas e quais medidas podem ser tomadas para preservá-las da extinção

Outras mulheres cientistas, como Maria Sibylla Merian: Eleanor Glanville (1654–1709) estava estudando borboletas na Inglaterra na mesma época. Maria Martin Bachman (1796-1863) trabalhou com John James Audubon, pintando partes de seus retratos de pássaros.

Márcia Barbosa, física (1960-)

Por que ela é maravilhosa: Márcia Cristina Bernardes Barbosa foi mencionada pela ONU Mulheres em 2020 com uma das sete cientistas que moldam o mundo. Cientista brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e uma das vencedoras no prêmio internacional L’Oréal-UNESCO, Márcia coleciona títulos e reconhecimentos importantes: titular do Instituto de Física, diretora da Academia Brasileira de Ciências e membro da Academia Mundial de Ciências, ela foi eleita uma das 10 Mulheres Mais Poderosas do Brasil pela Revista Forbes.

Filha de um eletricista militar, costumava ajudar o pai a arrumar circuitos e construir pequenos equipamentos desde criança e foi com quem teve as primeiras aulas a respeito do mundo da tecnologia. Física especializada em estruturas complexas da molécula de água, ela acredita que as anomalias da molécula podem ajudar a resolver os problemas de escassez de água doce. Suas pesquisas sobre estruturas complexas da molécula de água foi uma das cinco vencedoras do prêmio internacional For Women in Science em 2013. A série de modelos de propried

ades da água que ela criou podem melhorar a compreensão sobre uma ampla variedade de tópicos. Entre eles, como ocorrem terremotos, como a energia mais limpa é gerada e a forma de tratar as doenças.

Caroline Herschel, Astrônoma (1750-1848)

Por que ela é maravilhosa: embora tenha ajudado seu irmão, William, a descobrir o planeta Urano, Caroline era muito mais do que apenas uma assistente de seu irmão. Ao longo de sua longa carreira, ela descobriu oito cometas, recebeu a Medalha de Ouro da Sociedade Real de Astronomia (Royal Astronomical Society) da Inglaterra, e foi uma das primeiras mulheres cientistas convidadas a ingressar na Royal Society.

Experimente o seguinte: visite um planetário local para ver um show ou peça aos alunos que construam seus próprios telescópios simples e realizem uma sessão noturna de observação das estrelas no jardim.

Outras mulheres cientistas como Caroline Herschel: Maria Mitchell (1818–1889) e Annie Jump Cannon (1863–1941) foram ambas astrônomas americanas que fizeram contribuições significativas para o campo.

Mary Anning, Paleontologista (1799-1847)

Por que ela é maravilhosa: a maioria das crianças sonha em cavar em busca de ossos de dinossauros, ou ser como o herói do filme Indiana Jones, mas imagine encontrar um antes que o mundo realmente soubesse da existência de dinossauros! Mary escavou o primeiro esqueleto de ictiossauro completo e o plesiossauro mais completo da época. Ela também descobriu o primeiro pterossauro. Essas descobertas levaram ao entendimento da era dos dinossauros e ao conceito de extinção.

Experimente o seguinte: os dedinhos vão adorar a chance de fazer seus próprios “fósseis” usando argila e gesso.

Outras mulheres cientistas como Mary Anning: Margaret Murray (1863–1963) foi uma arqueóloga especializada no Egito. Mary Leakey (1913–1996) foi uma paleoantropóloga que estudou ancestrais hominídeos.

Elizabeth Blackwell, médica (1821-1910)

Por que ela é maravilhosa: em 1849, Elizabeth Blackwell se tornou a primeira mulher a se formar em medicina nos Estados Unidos. Ela foi fundamental na abertura do campo da medicina para mulheres, orientando muitas mulheres que seguiram carreiras na área. A Dra. Blackwell também se concentrou em fornecer os melhores cuidados de saúde para mulheres e crianças.

Experimente o seguinte: aprenda mais sobre a anatomia humana, fazendo experiências com a digestão ou construindo um pulmão modelo com balões e uma garrafa.

Outras mulheres cientistas como Elizabeth Blackwell: aluna de Elizabeth, Dra. Mary Putnam Jacobi (1842–1906), defendeu a saúde e os direitos das mulheres. Rebecca Lee Crumpler (1831-1895) foi a primeira mulher negra nos Estados Unidos a se tornar uma médica.

Mary Eliza Mahoney, enfermeira (1845–1926)

Por que ela é maravilhosa: Mary Eliza Mahoney foi uma das primeiras enfermeiras negras registradas nos Estados Unidos e lutou para garantir que ela e outras enfermeiras negras recebessem o respeito que mereciam. Ela foi um dos membros originais do que mais tarde se tornou a American Nurses Association.

Experimente o seguinte: ensine primeiros socorros básicos às crianças usando esse programa da Cruz Vermelha (https://firstaidchampions.redcross.org.uk/). Convide uma enfermeira local para falar com seus alunos sobre como são as funções de enfermagem nos dias de hoje.

Outras mulheres cientistas como Mary Eliza Mahoney: Florence Nightingale (1820–1910) foi a fundadora da enfermagem moderna. Clara Barton (1821–1912) foi contemporânea de Nightingale e fundadora da Cruz Vermelha americana.

Lise Meitner, Física (1878-1968)

Por que ela é maravilhosa: foi uma física austríaca que investigou a radioatividade e a física nuclear. Lise trabalhou com dois outros cientistas para fazer uma das descobertas científicas mais importantes do século 20: a fissão nuclear. Isso abriu todo um novo mundo da física nuclear. Lise tem um elemento na tabela de período que leva seu nome, meitnerium (109).

Seu colega de equipe, Otto Hahn, recebeu o prêmio Nobel. Ela é, com frequência, considerada um dos exemplos mais significativos de invenções realizadas por mulheres e ignoradas pelo comitê do Nobel. Uma investigação publicada em 1997 pela revista Physics Today concluiu que a omissão de Meitner foi um ‘caso raro no qual as opiniões pessoais negativas levaram a ignorar a um cientista que merecia um prêmio’.

Experimente o seguinte: Mostre aos alunos vídeos sobre física nuclear, discutam sobre energias renováveis e livres de carbono.

Outras mulheres cientistas como Lise Meitner: Marie Curie (1867–1934) foi a pioneira na pesquisa de radioatividade. O trabalho que a filha de Marie Curie, Irene Joliot-Curie (1897–1956) fez sobre a radioatividade artificial pavimentou o caminho para as descobertas de Lise.

Yvonne Primerano Mascarenhas, química (1931-)

Por que ela é maravilhosa: Yvonne é uma química brasileira, primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física USP de São Carlos, em SP, em 1956, e uma das pioneiras na fundação do então Instituto de Química e Física de São Carlos. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 2001.

Em 2021, então com 90 anos, a cientista é a primeira mulher a ganhar o Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro – 2021, por suas atividades de pesquisa pioneiras em cristalografia de raios X, suas contribuições para a Física da Matéria Condensada de Materiais e por iniciar uma sólida comunidade científica nesta área no Brasil.

Ao longo de sua trajetória, trabalhou em instituições de prestígio como Harvard, Princeton e Birkbeck College e participou do grupo responsável pelo desenvolvimento do banco de dados cristalográficos de Cambridge. Seu grupo de pesquisa se tornou um dos centros mais importantes em Cristalografia Química e Biologia Estrutural da América do Sul. Entre seus feitos, destaca-se a colaboração que resultou na determinação da estrutura cristalina da oxitocina (Science, 1986) e de toxinas de veneno de cobras (Eur. Biophys. J., 1992). Além da pesquisa, é notável e incessante seu interesse e dedicação pessoal no treinamento de jovens e suas ações para a promoção de meninas e mulheres nas Ciências.

Bessie Coleman, Aviadora (1892–1926)

Por que ela é maravilhosa: Bessie foi a primeira mulher de ascendência afro-americana e nativa americana a ganhar uma licença de piloto. Ela era uma aviadora de exposições, inspirando mulheres e homens de todos os tipos a sonharem em voar seus próprios aviões um dia.

Experimente o seguinte: toda criança adora um concurso de avião de papel e, ao longo do caminho, terá muita prática com engenharia e física. Desafie os alunos mais velhos a aprender como preparar e calcular um plano de voo.

Outras mulheres cientistas como Bessie Coleman: Amelia Earhart (1897–1939) foi a primeira mulher a voar sozinha através do Oceano Atlântico. Jackie Cochran (1906–1980) foi piloto de corrida que ajudou a formar organizações femininas de serviços de aviação na Segunda Guerra Mundial.

Alice Ball, Química (1892–1916)

Por que ela é maravilhosa: Alice foi a primeira mulher afro-americana a fazer um mestrado no College of Hawaii (hoje Universidade do Havaí). Ela desenvolveu um tratamento injetável para hanseníase que se tornou o padrão por mais de duas décadas.

Experimente o seguinte: faça com os alunos experimentos básicos de química. Pesquise com os alunos como usar repolho roxo para fazer suas próprias tiras indicadoras de pH para testar a acidez e alcalinidade.

Outras mulheres cientistas como Alice Ball: Gertrude B. Elion (1918–1999) foi uma bioquímica cujas invenções incluíram tratamentos para leucemia e AIDS. Rosalyn Sussman Yallow (1921–2011) desenvolveu um método para testar o sangue doado em busca de doenças infecciosas, tornando o processo mais seguro.

Rachel Carson, bióloga marinha e conservacionista (1907-1964)

Por que ela é maravilhosa: Rachel amava o mar e usou seu talento poético para escrever uma trilogia de belos livros exaltando suas maravilhas. Foi uma bióloga marinha, ambientalista e escritora que alertou o mundo para o impacto ambiental de fertilizantes e pesticidas. Seu livro mais conhecido, “Primavera Silenciosa” (Silent Spring, em inglês), levou a uma comissão presidencial que, em grande parte endossado suas descobertas e ajudou a moldar a crescente consciência ambiental.

Experimente o seguinte: ajude seus alunos a iniciar um clube ecológico na escola ou a implementar mais iniciativas de reciclagem em toda a escola.

Outras mulheres cientistas como Rachel Carson: Jeanne Villepreaux-Power (1794-1871) foi uma bióloga marinha pioneira que inventou o aquário. Marjorie Stoneman Douglas (1890–1998) escreveu livros sobre conservação.

Rosalind Franklin, química (1920–1958)

Por que ela é maravilhosa: Rosalind foi uma das mulheres cientistas mais negligenciadas da história. Suas imagens de difração de raios-X do DNA permitiram que Watson e Crick descobrissem a forma de dupla hélice. Eles receberam o Prêmio Nobel e ela permaneceu nas sombras. Rosalind também fez contribuições importantes para os estudos de RNA e vírus.

Experimente o seguinte: construa um modelo de DNA comestível a partir de doces ou frutas ou tente extrair DNA de um morango.

Outras mulheres cientistas como Rosalind Franklin: Martha Chase (1927–2003) trabalharam com Alfred Hershey para provar que o DNA contém e transmite informações genéticas. Barbara McClintock (1902–1992) estudou a estrutura genética do milho, fazendo várias descobertas genéticas importantes.

Katherine Johnson, Matemática (1918–)

Por que ela é maravilhosa: qualquer pessoa que já viu o filme Estrelas Além do Tempo (2016) sabe que os cálculos matemáticos manuais de Katherine eram essenciais para o programa espacial. Ela calculou (sem computadores!) Trajetórias, janelas de lançamento e trajetórias de voo para programas do Projeto Mercúrio ao ônibus espacial.

Leia sobre ela: Contando com Katherine: como Katherine Johnson salvou a Apollo 13 é uma ótima leitura em voz alta para as classes mais jovens, com seu tema repetido de "você pode contar comigo!". Peça para os alunos assistirem o filme Estrelas Além do Tempo (2016) e depois discutirem em classe.

Experimente o seguinte: pratique um transferidor com uma lição de “matemática da lua” para desenhar ângulos.

Outras mulheres cientistas como Katherine Johnson: as colegas matemáticas de Katherine na NASA, como Dorothy Vaughan (1910–2008) e Mary Jackson (1921–2005), tornaram possível a viagem espacial precoce. Margaret Hamilton (1936–) cunhou o termo “engenheiro de software” e desenvolveu o software de bordo usado no programa Apollo.

Mary Kenneth Keller, mais conhecida como Irmã Mary Kenneth Keller (1913 –985)

Por que ela é maravilhosa: foi uma importante freira e cientista da computação. Em 1965, junto de Irving Tang da Universidade Washington em St. Louis, se tornaram os primeiros doutores na área nos Estados Unidos país, além de ser a primeira mulher a receber um doutorado na área.

Em 1958, Mary começou a trabalhar em uma oficina de ciência da computação, da Fundação Nacional de Ciência, dos Estados Unidos, um local predominantemente masculino na época, onde participou do desenvolvimento da linguagem de programação BASIC.

O BASIC permite escrever comandos de computador de maneira mais direta, o que permitiu que qualquer pessoa pudesse aprender a linguagem, se tornando mais acessível para a população.

Em 1965, após finalizar seu doutorado, Mary fundou um departamento de ciências da computação na Universidade de Clarke em Iowa. Passou 20 anos de sua vida dedicando-se e apaixonando-se pelo potencial do que os computadores poderiam se tornar e visou aumentar o acesso e a informação, promovendo a educação. Hoje a Universidade Clarke tem o Centro de Serviços de Computação e Informação Keller, devido aos serviços por ela ofertados em telecomunicação e computação a alunos, funcionários e professores. Existe também uma bolsa de estudos em Ciência da Computação em seu nome na mesma instituição. Irmã Keller defendeu a inclusão e o envolvimento de mulheres na ciência da computação. Seus livros sobre computação e programação são referência na área.

Raye Montague, Engenheira Naval (1935–2018)

Por que ela é maravilhosa: Raye entrou para a Marinha como digitadora enquanto estudava programação de computadores à noite. Na década de 1970, ela se tornou a primeira pessoa a criar um projeto de navio naval usando um programa de computador. Raye mais tarde tornou-se a primeira mulher como diretora de programa de navios da Marinha dos Estados Unidos.

Experimente o seguinte: peça aos alunos que projetem e construam seus próprios barcos com materiais domésticos básicos. Faça uma competição para ver qual barco pode conter mais carga ou vencer uma corrida.

Outras mulheres cientistas como Raye Montague: Edith Clarke (1883–1959) foi a primeira mulher engenheira elétrica. Emily Warren Roebling (1843–1903) assumiu e completou a supervisão da construção da Ponte do Brooklyn depois que seu marido adoeceu.

Patricia Bath, oftalmologista e inventora (1942–)

Por que ela é maravilhosa: Patricia ganhou uma bolsa de estudos da National Science Foundation no ensino médio, tornando-se a primeira mulher no Jules Stein Eye Institute. Ela detém cinco patentes, incluindo as de uma tecnologia inovadora a laser usada para tratar catarata.

Experimente o seguinte: crie um modelo simples do olho humano e aprenda mais sobre como ele funciona. Use um espelho e uma lupa para ver melhor seus olhos e ver como as pupilas dilatam.

Outras mulheres cientistas como Patricia Bath: Virginia Apgar (1909–1974) inventaram o teste de Apgar usado para avaliar a saúde de bebês recém-nascidos. Katharine Burr Blodgett (1898–1979) criou vidros não refletivos enquanto trabalhava para a GE.

Mae Jemison, Astronauta (1956–)

Por que ela é maravilhosa: Sally Ride foi a primeira astronauta mulher no espaço em 1983, o que encorajou Mae a buscar as estrelas também. Em 1992, ela se tornou a primeira mulher afro-americana a ir ao espaço a bordo do ônibus espacial Endeavour. Ela é formada em medicina, é professora universitária e fundou uma empresa para trabalhar com tecnologia da era espacial.

Experimente o seguinte: Discuta em classe as diferenças de soluções entre modelos de ônibus espaciais.

Outras mulheres cientistas, como Mae Jemison: Sally Ride (1951–2012), despertaram a imaginação de milhões de meninas com sua jornada ao espaço. Eileen Collins (1956–) foi a primeira mulher comandante do ônibus espacial em 1999.

Zaha Hadid, arquiteta (1950–2016)

Por que ela é maravilhosa: Zaha era uma arquiteta iraquiana-britânica conhecida por incorporar curvas impressionantes em seus projetos. Ela foi a primeira mulher a receber o Prêmio Pritzker de Arquitetura e a primeira e única mulher a receber a Medalha de Ouro Real do Royal Institute of British Architects.

Leia sobre ela: Mostre aos alunos ilustrações e fotos dos projetos de Zaha.

Experimente o seguinte: o design e a arquitetura exigem habilidades importantes, então incentive seus alunos a tentar projetos como projetar uma ponte que possa suportar peso ou criar o edifício mais alto possível com papelão.

Outras mulheres cientistas como Zaha Hadid: Louise Blanchard Bethune (1856–1915) é considerada a primeira arquiteta mulher. Maya Lin (1959–) é uma arquiteta americana que projetou o Memorial dos Veteranos do Vietnã em Washington, DC.

Ángela Ruiz Robles (1895-1975)

Muito antes de que os livros eletrônicos mudassem a maneira como nos relacionamos com a leitura, esta professora e pedagoga espanhola pode ser considerada, com toda a justiça, a precursora dos ebooks.

Nos anos 50, ‘Dona Angelita’ patenteou a enciclopédia mecânica, um complexo artigo pensado para que seus alunos não tivessem que carregar tantos livros nas costas. Ela também inventou a máquina de estenografia e um atlas linguístico gramatical.

Sophie Germain (1776-1831)

Esta matemática francesa tem uma história que a coloca entre as maiores rebeldes da ciência. Desde criança, ela soube aproveitar – de maneira clandestina – a grande biblioteca que existia em sua casa. Passava horas lendo, inclusive de noite, quando fingia que ia dormir. Seus pais ficaram sabendo disso e restringiram a luz da casa, o que não deteve e sua vontade de aprender a levou a ler com a luz de uma vela. Sua maior contribuição para a pesquisa matemática foram suas descobertas sobre os números primos.

Experimente o seguinte: mostre o uso de números primos na criptografia de mensagens.

Grace Murray Hopper (1906-1992)

Grace Murray Hopper foi uma cientista e militar americana que atingiu a patente de contra-almirante. Foi a pioneira na ciência da computação e a primeira programadora que utilizou o Mark I (um dos primeiros grandes computadores criados no mundo). Entre as décadas de 50 e 60 desenvolveu o primeiro compilador para uma linguagem de programação, assim como proporcionou métodos de validação.

Popularizou a ideia de uma máquina independente das linguagens de programação, o que resultou no desenvolvimento de COBOL, uma linguagem de alto nível utilizada ainda na atualidade.

Hedy Lamarr (1914-2000)

Hedwig Eva Maria Kiesler, conhecida como Hedy Lamarr, foi uma atriz de cinema e inventora austríaca, ícone de beleza internacional. Ela co-inventou a primeira versão da tecnologia de “espectro alargado”, que permitia as comunicações sem fio de longa distância, foi adotada para controlar os torpedos e a comunicação e, atualmente, ainda é usada nas redes móveis, dispositivos Bluetooth e wi-fi.

Ela começou a estudar engenharia aos 16 anos, mas três anos mais tarde abandonou os estudos, focando seu interesse na arte. Em 28 anos de carreira, participou de mais de 30 filmes.

O espectro alargado por salto de frequência nasceu depois que Lamarr observou que era muito fácil interferir nos sinais que guiavam por rádio os torpedos da Marinha dos EUA, o que fazia com que se desviassem de sua trajetória inicial. Conversando com o compositor George Antheil, constataram que era possível alterar a frequência da mesma forma como se mudam as notas em uma pianola. E assim fizeram. Por meio da manipulação de rádio frequências em intervalos irregulares entre a transmissão e a recepção, a invenção permitiu criar um código inquebrável que impedia a interceptação e interferência no sinal.

Maryam Mirzakhani (1977-2017)

Maryam Mirzajaní foi uma matemática iraniana e professora de matemática da Universidade de Stanford. Em 2014 ela foi reconhecida com a Medalha Fields, sendo a primeira mulher a receber o prêmio, que equivale a um Nobel de Matemática.

Ela desenvolveu sua carreira nos campos do espaço e da geometria hiperbólica. Seus estudos envolvem investigações impactantes e originais sobre geometria e sistemas dinâmicos. Seu trabalho nas superfícies de Riemann e seus modelos espaciais conectam diversas disciplinas matemáticas e influenciam a todas elas.

Ester Cerdeira Sabino, imunologista (1960-) e Jaqueline Goes de Jesus, biomédica (1990-)

Ester Cerdeira Sabino (São Paulo, 1960) é uma imunologista brasileira. É professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pesquisadora do Laboratório de Parasitologia Médica, e consultora do Programa Nacional de DST/AIDS e da Coordenação de Sangue e Hemoderivados.

Jaqueline Goes de Jesus é uma biomédica e pesquisadora brasileira. Graduação em Biomedicina, com mestrado em Biotecnologia, doutora em Patologia Humana e Experimental e pós-doutoranda no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP).

Ester e Jaqueline lideraram uma equipe que realizou o sequenciamento do DNA do novo coronavírus, em parceira com o Instituto Adolfo Lutz, responsável pelas contraprovas das infecções no estado de São Paulo, em apenas 48h. O feito das pesquisadoras permite compreender melhor a dispersão do coronavírus, detectar mutações que possam alterar a evolução da doença e também ajuda no desenvolvimento de tratamentos e vacinas.

Além disso, Ester desenvolve também várias pesquisas importantes sobre segurança transfusional, doença de Chagas, diversidade genética do HIV e anemia falciforme.

Já a Jaqueline desenvolve pesquisas na área das arboviroses emergentes, como por exemplo a dengue tipo 2 e o Zika vírus.

Celina Maria Turchi Martelli, médica (1952 -)

Considerada como uma das 10 cientistas mais importantes de 2016 pela revista científica Nature e uma das 100 mais influentes do mundo pela revista norte-americana Time, Celina é uma médica e cientista brasileira e coordenou o grupo de pesquisa que descobriu a associação entre o vírus Zika e a microcefalia. Foi a partir dos resultados das pesquisas de Celina que foram criadas medidas de combate ao mosquito transmissor do vírus Zika por parte do poder público, como por exemplo a distribuição de repelentes para grávidas moradoras de áreas de risco para a doença.

Renata Bertazzi Levy (USP)

Renata Bertazzi Levy (USP), é referência em epidemiologia nutricional, principalmente em pesquisas sobre consumo de alimentos, inquéritos dietéticos, ambiente alimentar e sustentabilidade.

Miriam D. Hubinger (Unicamp)

Miriam é considerada pelo segundo ano consecutivo, uma das cientistas mais influentes do mundo. Estuda as degradações sofridas pelos alimentos durante o processamento e como evitá-las. E é referência em filmes e coberturas comestíveis e em encapsulação de óleo de linhaça preservando os ômegas 3 e 6.Atualmente, a principal frente de atuação de Miriam é nos processos de microencapsulação relacionados a lipídios estruturados.

O seu artigo mais citado refere-se a um trabalho publicado em 2008, no qual ela, junto à pesquisadora Catherine Brabet e à então orientanda Renata Tonon, estudaram como processar o açaí em pó.

Renata Valeriano Tonon (Embrapa RJ)

Renata é referência na extração, concentração e microencapsulação de compostos bioativos, spray drying, tecnologia de membranas, aproveitamento de resíduos agroindustriais e propriedades físico-químicas dos alimentos.

Henriette M. C. de Azeredo (Embrapa CE)

Henriette coordena projetos de pesquisa focados no desenvolvimento de filmes e revestimentos biodegradáveis e comestíveis. Além disso é referência em nanotecnologia aplicada a embalagens de alimentos, uso de subprodutos da indústria de alimentos como fontes de compostos para elaboração de materiais, usos de celulose bacteriana em alimentos e embalagens.

Juliana Estradioto

A cientista que vai ter o nome em um asteroide e foi selecionada para participar da cerimônia do Prêmio Nobel. Recém-formada no ensino médio pelo IFRS, criou um plástico biodegradável feito a partir da casca do maracujá. Ela é a única brasileira a ter um asteroide com seu nome, fruto de um prêmio internacional que recebeu por suas descobertas.

Além da casca de maracujá também desenvolveu uma solução para o descarte de cascas de macadâmias: uma membrana parecida com plástico. Essa membrana poderá ser usada tanto na confecção de tecidos e roupas como também na medicina, como pele e veias artificiais.

Também tem o projeto “Meninas Cientistas” que divulga jovens meninas que fazem ciência. https://www.instagram.com/meninascientistas/?hl=pt-br

Ufa! A lista é interminável. Haveria muitas outras mulheres cientistas para citar e homenagear, mas seria impossível listar tudo aqui. Essa lista é só um pequeno exemplo.

Inspire a próxima geração de mulheres cientistas maravilhosas!

Fontes de referência:

www.weareteachers.com/women-scientists/

As mulheres cientistas mais importantes da história (msn.com)

www.paramulheresnaciencia.com.br

Cientistas brasileiras: Mulheres na ciência – posgraduando.com

Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

www.sonoticiaboa.com.br