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Vista a moda, mas iluminada com seus valores

Sheila Morataya

A moda é um fenômeno universal, no tempo e no espaço, porque é humano, “naturalmente” humano, e profundamente humano, escreve o professor Rafael Alvira, Catedrático de Filosofia da Universidade de Navarra.

Por essa razão, mais do que ao homem, a moda apaixona a mulher. O homem e a mulher, desde os tempos mais remotos e a partir dos primeiros relatos da Bíblia sobre Adão e Eva, perceberam que não estavam vestidos. Imediatamente procuraram se cobrir com folhas e, em seguida, provavelmente com peles de animais. Pode-se dizer que os primeiros pais da humanidade iniciaram assim o conceito de roupa.

As épocas do período de Luís XV e Maria Antonieta serão lembradas para sempre pela exuberância e luxo das roupas e dos penteados, não só das mulheres mas também dos homens. Nos dias de hoje, saber vestir-se é tão importante como o foi nos últimos séculos. É com nossa roupa que expressamos nossa personalidade, valores e espírito. Também, nossa roupa mostra a nossa participação em uma ou outra classe social. A roupa, definitivamente, reflete o pensamento de uma pessoa e, por isso, o ato de vestir-se ou de adotar um determinado estilo pessoal próprio não é algo que deva ser feito de modo apressado.

Ser e vestir-se

A roupa, tanto para o homem quanto para a mulher tem uma função expressiva muito particular. No caso da mulher cada uma busca expressar seus gostos, requinte, personalidade e valores que regem sua vida. Quando uma mulher se veste e prepara sua imagem, o motivo que deveria guiá-la não deveria ser o de apenas exibir um corpo bonito e bem conservado por dietas e exercícios, mas sim o de inspirar, através do seu bom gosto e decoro, outras mais jovens a irem em busca da verdade, manifestada em sua aparência pessoal. Apenas as mulheres podem fazer isso e ensiná-lo a outras.

Como exemplo podemos dizer que os animais não usam roupas porque eles são incapazes, num sentido radical, de ter, de possuir. Além disso, eles não têm nada para expressar porque não escondem nada, nem tem que passar por esta ou aquela prova em sociedade. Na verdade, a externalidade, no sentido próprio da palavra, só a pode ter aquele que possui uma interioridade. E é o ser humano, constituído por uma unidade substancial de corpo e alma, o único que pode viver uma interioridade a partir da sua sexualidade, masculina ou feminina.

É precisamente de acordo com a fineza de seu ser interior que o homem ou a mulher se veste, são criativos com sua arrumação pessoal e com sua forma de se apresentar exteriormente ao mundo. Se nesse interior há valores vivos o resultado será uma presença que encanta, cheia de bom gosto e elegância. Se em vez disso, compra-se de tudo o que é moda, sem considerar o mundo interior, o resultado exterior expressará frivolidade e vazio.

Por isso, poderíamos pensar na frase “vista-se e me mostre seu interior”, já que quando  vestidos, a roupa usada serve para que cada um exteriorize, do modo que lhe pareça mais conveniente, quem é por dentro. Com o que eu visto, como mulher posso querer ser vista, chamar a atenção de uma forma provocativa ou, ao contrário, inspirar respeito. Com um vestido posso deixar as  minhas pernas descobertas numa minissaia, ou cobrí-las para cuidar do meu interior. Como mulher, se eu tenho um corpo bonito, não importando a idade que se tenha, posso decidir até onde vou mostrar e exibir. Mas, para poder ver claramento isso devo estar em íntima conexão com os valores que eu decidi viver.

 

garota, gravura de Norman Rockwell


Fonte: Mujer Nueva, 2005-12-27

Sheila Morataya é CEO da empresa Omnimark, educadora e escritora. Possui Mestrado en Matrimônio e Família pela Universidade de Navarra (Espanha) e é diplomada em Logoterapia (Sociedad Mexicana de Análisis Existencial) e em Identidade Feminina (Universidade Européia).

http://www.sheilamorataya.com/

 

Publicado no Portal da Família em 04/03/2012

 

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