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O descobrimento do outro sexo
Teresa Artola González

Na última etapa da infância é raro o intercâmbio social entre os sexos. Geralmente as crianças consideram às meninas como umas “cafonas”, enquanto que as meninas consideram os meninos como uns “brutos”. Contudo com a puberdade chega o despertar da sexualidade e um intenso interesse por membros do sexo oposto.

Assim entre os 12 e os 13 anos nas meninas e os 13 ou 14 nos meninos aparece de repente o interesse pelo sexo oposto, ainda que cada adolescente seja um mundo à parte.

As primeiras aproximações menino-menina (10-13 anos) costuma ser de tipo idealizado e romântico. Posteriormente, entre os 13-15 anos o contato começa a ser mais habitual, sendo a forma mais comum de aproximação ao outro sexo através da turma, onde o adolescente se sente mais seguro. Esta é uma idade caracterizada pela vaidade (nas meninas) e o desejo de impressionar as meninas (nos meninos)...

Os pais devemos ser conscientes de que hoje em dia, os jovens de ambos os sexos estabelecem contatos a idades mais precoces que antes. Os pais não devemos opor-nos a estas relações, nem esgotar-lhes com proibições. Deveremos, entretanto ocupar-nos de dar-lhes uma formação adequada e de ajudar-lhes a desenvolver critérios para que tais relações não lhes prejudiquem. Inclusive pode ser adequado que fomentemos ocasiões para que aprendam a estar juntos e tratar-se, principalmente ao final da adolescência, animando-lhes a que dêem alguma festa em casa... Nosso lar deve ser um lugar aberto onde os filhos não tenham reparos em trazer a seus amigos e amigas.

Em algum momento, durante a adolescência, surge o primeiro amor. De repente observa que sua filha permanece sempre introvertida, muda com freqüência de humor, às vezes está radiante e outra parece absorvida na maior tristeza, cochicha continuamente com suas amigas e passa as tardes ouvindo a mesma canção de Alejandro Sanz. “O que está acontecendo?”, pergunta-se. Simplesmente se apaixonou.

Estas primeiras paixões costumam ter um considerável componente platônico, especialmente nas meninas, mas uma crescente atração física. Isto não deve preocupar-nos, é algo normal a esta idade, mas sim deveremos ajudar-lhe a encaminhar seus efeitos de forma adequada. Deveremos procurar tratar-lhe com compreensão e carinho. O último que devemos fazer é ridicularizar-lhe, tirar-lhe a ilusão ou proibir-lhe esta relação. Contudo deveremos buscar ocasiões para provocar conversas, retomar conversações sobre o significado da sexualidade e o amor, e confidências que lhe ajudem a abrir-se conosco. Igualmente deveremos animar-lhe a que continue saindo com seu grupo de amigas e não se isole.

Não devemos ser ingênuos e ignorar que na sociedade atual confluem uma série de fatores que facilitam que entre as crianças e os adolescentes se produzam cada vez um maior número de casos de precocidade sexual, ou de atividades sexuais que correspondem a um desenvolvimento amadurecedor superior ao qual por sua idade possuem.

Igualmente nossos filhos se vêem bombardeados através dos meios de comunicação, o cinema, as revistas, de toda uma série de mensagens de alto conteúdo sexual, e no pior dos casos inclusive pornográfico. Algumas revistas, específicas para adolescentes, foram denunciadas nos últimos anos devido às sessões sexuais e aos conteúdos incluídos em suas páginas. Além disso muitos pais hoje não encontram tempo ou estão muito cansados para controlar e estar pendentes do que vêem ou fazem seus filhos. Isto facilita o que estes tenham grandes conhecimentos e uma intensa curiosidade no plano sexual.

Igualmente os pais deveremos ter especial cuidado de conhecer os lugares aos quais nossos filhos podem estar freqüentando: conhecer qual é o ambiente destes lugares, que tipo de bebidas se vendem, que tipo de pessoas freqüentam a eles, etc.

Também devemos prevenir-lhes dos inconvenientes e preconceitos que podem supor o comprometer-se em uma relação mais íntima, ou um namoro prematuro, para o qual ainda não estão preparados.

Finalmente, na adolescência tardia, entre os 17 e os 20 anos, é quando o adolescente é capaz de estabelecer uma relação interpessoal mais estável. Ao diminuir seu egocentrismo estará já em condições de manter uma verdadeira relação de pessoa a pessoa. A esta idade o jovem já possui uma maior capacidade para comprometer-se e fazer planos orientados para o futuro. Trata-se de uma pessoa o suficientemente madura, capaz de dominar-se a si própria e estabelecer uma relação interpessoal estável.



 


 
Fonte: Livro “Como resolver situações cotidianas de seus filhos adolescentes”, de Teresa Artola González  

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