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A FORMAÇÃO DOS FILHOS NAS VIRTUDES HUMANAS
POR QUE OS PAIS DEVEM OCUPAR-SE DAS VIRTUDES (cont.)

David Isaacs


COMO AUMENTAR A INTENCIONALIDADE


Ao refletir sobre qualquer hábito operativo bom, vemos que se pode viver com mais ou menos intensidade. Pode-se viver a generosidade com os amigos unicamente, ou se pode vivê-la com as pessoas que mais necessitam de atenção. Pode-se atuar de um modo generoso somente quando se encontra-se "muito bem" ou inclusive quando se está cansado, etc. Se os pais nos damos conta das possibilidades de cada virtude, sem dúvida será mais fácil atuar congruentemente com o que queremos. Mas não apenas se trata da intensidade com que os filhos vivem as virtudes, mas também da retidão dos motivos que têm ao vive-Ias. Um exemplo o esclarecerá. Dois meninos estão entregando uma quantidade de dinheiro a um colega. O primeiro está fazendo porque sabe que seu pai está doente e a família necessita de dinheiro para poder comer. O outro garoto está entregando porque seu colega lhe disse que se não o fizer, apanhará. A diferença de motivos faz do ato algo totalmente diferente. Os pais também teremos que pensar que tipos de motivos são os mais adequados para cada idade.

Se os pais esclarecem intelectualmente o que significa cada uma das virtudes que querem desenvolver em seus filhos, será muito mais fácil aumentar o grau de intencionalidade. Por isso vamos considerar, logo, a definição ou descrição operativa de algumas virtudes.

Também se pode aumentar a intencionalidade reconhecendo quais são os meios com que conta o pai para ajudar a seu filho. Já se sabe que um dos meios mais importantes na educação é o exemplo. Inclusive se chegou a dizer que se educa mais pelo que se é que pelo que se faz, ainda que não creio que isto seja totalmente correto. Entendo que educamos pela relação intrínseca do ser-fazer. Por isso, o exemplo que educa não é necessariamente o exemplo "perfeito", mas o exemplo da pessoa que está lutando para superar-se pessoalmente. Isto é, para chegar a ser mais e melhor. Esta luta consigo próprio supõe, auto-exigência com respeito à vontade e também esclarecimento para a inteligência. Nestes dois campos se trata de educar aos filhos.

Para adquirir um hábito é necessário repetir um ato muitas vezes. Apenas se repete se existe por intermédio algum tipo de exigência. Os pais podem exigir a seus filhos para que façam coisas - uma exigência operativa - ou para que não façam coisas - uma exigência preventiva -. Este último tipo de exigência será para que a criança não corra um risco desnecessário e também para que não desenvolva algum hábito operativo mau.

Parece lógico que seja necessário exigir operativamente para desenvolver certas virtudes. Por exemplo, a ordem ou a perseverança. Além da exigência no fazer, também existe a possibilidade de exigir no pensar. Esta atividade está por trás de toda orientação boa. Um orientador recebe informação e dá informação a diferentes pessoas. Ao fazê-lo exige um pensamento por parte do interessado e a seguir lhe apóia afetivamente. Este tipo de exigência - dando explicações, perguntando o por quê, aprofundando nos motivos - parece mais correto para outras virtudes - a lealdade por exemplo - e também para outras idades.

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