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Auto-avaliação das virtudes humanas
A EDUCAÇÃO DA PRUDÊNCIA

Descrição operativa (como funciona)

"Em seu trabalho e nas relações com os demais, recolhe uma informação que julga de acordo com critérios justos e verdadeiros, exaltar as conseqüências favoráveis ou desfavoráveis para ele e para os demais, antes de tomar uma decisão, e a seguir atua ou deixa de atuar, de acordo com o decidido".

A MANEIRA PESSOAL DE VIVER A PRUDÊNCIA

1. Tenho boa memória no sentido de que recordo as coisas tal como ocorreram, e faço uso desta informação para compreender melhor as situações atuais?

(Em grande medida a prudência se baseia na memória, já que se não recordo nada do que ocorreu, do que estudei, ou do que observei, por exemplo, como poderei ter uma base para julgar uma situação presente? Talvez se devesse prestar mais atenção ao desenvolvimento da memória nos colégios).

2. Habitualmente consigo superar o desejo de não sofrer com o fim de conhecer as situações difíceis?

(Outro motivo de esconder-se da realidade é a preguiça).

3. Estudo regularmente com o fim saber mais com respeito às realidades que me incumbem como pai, mãe ou professor?

(Podemos dispor de muita informação como conseqüência do estudo. Entretanto, também é necessário desenvolver uma “sensibilidade situacional” que poderíamos chamar intuição).

4. Desenvolvo minha capacidade de observação, com o fim de conhecer melhor a vida dos diferentes membros da família ou membros do colégio?

(Também é necessário criar as situações adequadas para poder escutar aos demais).

5. Sei distinguir entre o que é importante e o que é secundário na família ou no colégio?

(De fato, qualquer coisa importante significa qualquer coisa que pode influir de uma maneira significativa, positiva ou negativamente, nos valores familiares ou nos valores do colégio).

6. Comprovo a confiabilidade de minhas fontes de informação antes de aceitar a informação dada, e tento informar-me através de diferentes fontes com o fim de ter uma visão mais objetiva da realidade quando o tema é importante?

(Não é fácil ter uma visão objetiva com respeito à realidade, especialmente em situações inesperadas).

7. Tento conhecer meus próprios preconceitos e luto contra eles?

(Os preconceitos produzem uma informação errada, incompleta. Por exemplo, pode ser que escutemos unicamente àquelas pessoas que nos são simpáticas, ou temos um ponto de vista fechado com respeito à capacidade de um jovem para contribuir com uma opinião interessante em algum tema).

8. Reflito sobre que critérios devo utilizar para julgar cada situação?

(É fácil tomar decisões, ou simplesmente reagir, baseado em critérios inadequados ou incompletos. Por exemplo, decidir enviar um filho a estudar em um país estrangeiro unicamente baseado no critério de eficácia - que convém que saiba o idioma correspondente -. Em troca, um bom educador levaria em conta também critérios como: o bem do filho, seu grau de maturidade, o tipo de lugar onde vai estar, etc.).


9. Habitualmente tomo a decisão que se relaciona mais com o bem do jovem ainda que me produza dor ou sofrimento?

(De fato é possível não decidir bem, pensando no sofrimento que a ação pode causar ao filho/aluno. Entretanto, se indagamos um pouco, veremos que o mais freqüente é que não queremos que os filhos/alunos sofram porque assim sofremos nós também).

10. Habitualmente consigo ver o conjunto da situação com um golpe de vista seguro?

(Algumas pessoas são tão analíticas que se perdem entre os detalhes de uma situação. Não captam o essencial e terminam decidindo mal).

 

A EDUCAÇÃO DA PRUDÊNCIA


11. Ocupo-me da compreensão leitora de meus filhos/alunos?

(A leitura é um instrumento necessário para adquirirmos informação. E a compreensão leitora pode e deve ser favorecida pelos pais e por todos os professores independentemente de sua disciplina).

12. Ajudo às crianças a desenvolver sua capacidade de observação?

(A observação é especialmente relevante para inteirar-se de situações de relação humana. Há jogos simples que se pode usar com o fim de desenvolver esta capacidade).

13. Crio situações em que as crianças têm que aprender a escutar?

(Se recebe muita informação escutando aos demais. De especial relevância será escutar aos pais e escutar aos professores quando as crianças são pequenas).

14. A partir da adolescência, ajudo aos jovens a distinguir entre fatos e opinIões, entre o que é importante e o que é secundário?

(A prudência é, sobretudo, uma virtude intelectual. Requer a capacidade crítica que inclui estes tipos de habilidades).

15. Ajudo aos jovens a descobrir seus próprios preconceitos com o fim de que tenham uma visão mais objetiva de sua realidade?

(É especialmente difícil na adolescência já que tendem a ser pessoas sem matiz, que não sabem dizer “em parte sim e em parte não” ou “é possível...”).

16. Ajudo aos jovens a reconhecer a diferença entre fontes de informação confiáveis e outras que não o são, ou que o são unicamente em parte?

(Isto é o mesmo que lhes ensinar a reconhecer aqueles que são autoridades em cada questão).

17. Insisto em que meus filhos/alunos apurem uma informação bastante completa sobre temas de importância antes de tomar uma postura ou uma decisão?

(O mais freqüente é tomar uma postura baseados em uma informação muito pobre, baseando-se em “slogans” ou frases feitas, muitas vezes recolhidas da tevê ou da imprensa).

18. Exijo aos jovens para que memorizem informações significativas?

(Os jovens necessitam e devem memorizar determinadas informações. Se não o fazem, jamais serão prudentes em suas vidas, já que lhes influirão muito os sentimentos do momento presente).

19. Ao surgir a necessidade de tomar uma postura ou uma decisão, ajudo aos jovens a pensar em que critérios vão utilizar e a seguir aplicá-los no processo de julgamento?

(Com muita freqüência os jovens reagem frente às situações. Não se informam bem nem pensam nos critérios que devem operar).

20. Habitualmente insisto em que os jovens atuem em conformidade com as decisões que tenham tomado, depois de considerar as possíveis conseqüências para eles e para os demais?

(O processo intelectual necessita ser culminado pela ação. A prudência não é recusar a ação, mas fazer o que é mais adequado).

Como proceder à auto-avaliação
No texto encontram-se uma série de questões para reflexão, divididas em duas partes:

1) o grau em que se está vivendo a virtude pessoalmente .

2) o grau em que se está educando aos alunos ou aos filhos na mesma virtude.

Com respeito a cada questão, situe a conduta e o esforço próprio de acordo com a escala:

5. Estou totalmente de acordo com a afirmação. Reflete minha situação pessoal.

4.
A afirmação reflete minha situação em grande parte mas com alguma reserva.

3.
A afirmação reflete minha situação em parte: Penso "em parte sim e em parte não".

2.
A afirmação realmente não reflete minha situação ainda que seja possível que haja algo.

1.
Não creio que a afirmação reflete minha situação pessoal em nada. Não me identifico com ela.

 

Pode-se comentar as reflexões com o cônjuge ou com algum companheiro e assim estabelecer possíveis aspectos prioritários de atenção no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito à educação dos filhos ou dos alunos.

É provável que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas recomenda-se selecionar apenas uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora desejada. As reflexões apresentadas não esgotam o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação.

Extraído do livro "Educação das virtudes humanas", de David Isaacs.

Editora Quadrante

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