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Auto-avaliação das virtudes humanas

SINCERIDADE

Descrição operativa (como funciona)

Quem tem essa virtude manifesta, se é conveniente, à pessoa idônea e no momento adequado, o que fez, o que viu, o que pensa, o que sente, etc., com clareza, com respeito a sua situação pessoal ou a dos demais.

A EDUCAÇÃO DA SINCERIDADE

1. Ensino aos filhos/alunos a ser sinceros consigo próprios, mediante uma ajuda no descobrimento de suas possibilidades e limitações pessoais.

(Não é possível manifestar a verdade se previamente não se sabe o que há que manifestar).

2. Ensino aos filhos/alunos quais são os valores importantes na vida, de tal maneira que possam fixar-se no importante e não no secundário.

(Por exemplo, se não mostro ao filho/aluno que seus sentimentos são importantes, é possível que não se fixe neles, nem chegue a manifestá-los nunca).

3. Em minha atuação habitual com os meninos/as, tendo a premiar a sinceridade.

(Se se utilizam castigos como conseqüência de que algum menino/a tenha contado a verdade, é possível que não queira continuar sendo sincero no futuro).

4. Me baseio na sinceridade dos filhos/alunos para a seguir orientar-lhes.

(A orientação deve ser personalizada, e portanto necessita de uma informação correta com respeito ao filho/aluno. Não se trata de orientar genericamente sem conhecer a realidade de cada um).

5. Prefiro confiar no que dizem os filhos/alunos sem ser ingênuo, mas sem mostrar desconfiança continuamente.

(Se estimula a sinceridade mediante expressões de confiança. A desconfiança conduz a mentir e a falsificar a realidade).

6. Me preocupo de ajudar aos adolescentes a reconhecer os aspectos mais importantes de suas vidas.

("Importante" significa qualquer coisa que pode influir de uma maneira significativa nos valores que se querem viver na vida).

7. Ajudo às crianças a distinguir entre a realidade e a fantasia.

(É importante que as crianças desenvolvam sua imaginação, mas não convém mesclar a realidade e a fantasia).

8. Estou pendente dos filhos/alunos que contam muito, com o fim de que vão compreendendo que se trata de contar as coisas à pessoa adequada e no momento oportuno.

(Talvez haverá que explicar os resultados, ou os possíveis resultados, de haver contado uma informação inadequada. Por exemplo, o desgosto de um irmão ou a humilhação de um amigo).

9. Crio situações para que os filhos/alunos que têm dificuldades de expressar-se possam fazê-lo com a máxima confiança.

(Muitas vezes isto significa fazer coisas juntos. Assim, a atenção dos dois estará centrada na ação, e se poderá expor o tema e estimular a comunicação).

10. Tento conhecer a causa das mentiras de meus filhos/alunos, se é o caso, com o fim de atuar sobre essa causa.

(Por exemplo, as crianças podem sentir-se com necessidade de mentir para serem iguais a seus colegas, ou querer ser mais, ou podem temer um possível castigo).

A MANEIRA PESSOAL DE VIVER A SINCERIDADE

11. Tento criar um clima aberto de comunicação e confiança na família ou na classe com o fim de que os filhos/alunos vivam a sinceridade.

(De fato, viver qualquer virtude requer que haja um ambiente de "virtude". Todas estão relacionadas. E é necessário vivê-Ias com naturalidade mais que planificá-las).

12. Reconheço minha própria realidade, minhas qualidades, minhas limitações, e possíveis preconceitos e tenho claro o que é importante.

(Se não se tem claro o que é importante, e como alguém o é, tampouco se poderá ajudar aos filhos/alunos a reconhecer essas coisas em suas próprias vidas. Sem reconhecer a própria realidade não é possível manifestá-la).

13. Reconheço que o mais importante é ser filho de Deus e tentar melhorar de acordo com uma visão objetiva do que é bom.

(É possível reconhecer a própria realidade de uma maneira limitada. Por exemplo, fixando-se nos próprios gostos e caprichos e algo mais. Desta maneira a manifestação da verdade será insuficiente e não conduzirá a uma melhora pessoal).

14. Habitualmente manifesto os diferentes aspectos da realidade que percebi à pessoa idônea.

(Não se trata de contar tudo a qualquer pessoa. Por exemplo, será conveniente compartilhar algumas coisas com o cônjuge ou com um amigo íntimo, outras com os colegas ou com os conhecidos).

15. Habitualmente manifesto os diferentes aspectos da realidade que percebo no momento oportuno.

(Não se trata de contar as coisas em qualquer momento. A virtude da sinceridade deve ser governada pela prudência).

16. Quando compartilho informação, idéias, sentimentos etc. sobre aspectos da realidade que conheço, o faço buscando a possibilidade de enriquecer a outros ou buscando uma ajuda para meu próprio processo de melhora.

(Não se trata de estar consciente em cada momento da melhora que se pretende mas sim, em troca, convém reconhecer que a sinceridade pretende este tipo de enriquecimento. Não se trata de contar tudo a qualquer pessoa e em qualquer momento).

17. Ao manifestar o que sei, o que penso, o que vi, etc., o faço prudentemente e com clareza.

(A sinceridade requer prudência, mas também a caridade para pensar no bem dos demais).

18. Baseio minha sinceridade na confiança e na naturalidade.

(Não se trata de criar "estratégias" de sinceridade, mas entretanto, relacionar a ação com a simplicidade, a franqueza e a honradez).

19. Cuido de que meu exemplo seja positivo para os filhos/alunos sem mentir nem encobrir a verdade com intenção de induzir ao erro.

(Por exemplo: "Diga-lhes que não estou em casa", "Vou ver o jogo mas ligue ao meu trabalho e diga-lhes que estou doente").

20. Reconheço as ocasiões em que não posso nem devo manifestar a verdade.

(Por exemplo, o segredo profissional, mas também saber guardar um segredo ou não contar algo da intimidade familiar desnecessariamente a outros).

 Como proceder à auto-avaliação


No texto encontram-se uma série de afirmações para reflexão, divididas em duas partes:

1) o grau em que se está vivendo a virtude pessoalmente .

2) o grau em que se está educando aos alunos ou aos filhos na mesma virtude.

Com respeito a cada afirmação, situe a conduta e o esforço próprio de acordo com a escala:

5. Estou totalmente de acordo com a afirmação. Reflete minha situação pessoal.
4. A afirmação reflete minha situação em grande parte mas com alguma reserva.
3. A afirmação reflete minha situação em parte: Penso "em parte sim e em parte não".
2. A afirmação realmente não reflete minha situação ainda que seja possível que haja algo.
1. Não creio que a afirmação reflete minha situação pessoal em nada. Não me identifico com ela.

Podem-se comentar as reflexões próprias com o cônjuge ou com algum companheiro e assim chegar a estabelecer possíveis aspectos prioritários de atenção no desenvolvimento da virtude a título pessoal ou com respeito à educação dos filhos ou dos alunos. É provável que se descubram muitas possibilidades de melhoria, mas trata-se de selecionar nada mais que uma ou duas, com a finalidade de tentar conseguir a melhora desejada.

As reflexões apresentadas não esgotam o tema, mas dão um ponto de partida para uma auto-avaliação.

 

Extraído do livro "Auto-avaliação das virtudes humanas", de David Isaacs.


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