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Em Silêncio

 Norma Emiliano

 

“Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão.” Salmos 40:31.

 

O amanhecer traz consigo o frescor e o azul há muito não percebidos. Ao fundo a correnteza do rio embala as folhas que se deixam levar. Numa sintonia perfeita o vôo da borboleta; a relva verdejante oferece seu leito. Quanta paz!

Nos pensamentos os ruídos das vozes familiares; imagens perdidas no passado distante. Pessoas que povoam a memória e trazem a história. De voz em voz, de imagem em imagem, um pedaço da vida. Menina marota e travessa. Jovem faceira perdida em sonhos. Entre sim e não as imagens paternas. Farfalhar das roupas, risos fluidos, muitas festas. O som do afeto contido nos sim e não.

Em meio à paisagem, a vida em sua permanência. Não importa quantos se foram ou quantos ainda virão. O ser misturado à paisagem no momento presente traz a memória recortes de vida. Permanência repleta de impermanências.

A música rompe o silêncio e espalha aos ares o som de melodias inesquecíveis. Entre os demais ritmos o bolero remete aos romances. Rostos colados, olhos brilhantes e sorrisos fartos.

O vento começa a soprar e no ar o perfume da relva traz e guarda em si muitas recordações. Flashes que ficaram gravados. Crianças correm, mulheres gesticulam, homens falam ruidosamente. O vento sopra, leva para longe estas imagens e traz a paisagem em relva. Quanta paz!

Surpreendentemente, a vida desperta com o som da violência que sorrateira espalha-se, ceifando vidas e sonhos. No turbilhão dos acontecimentos o vento sopra e traz imagens de dor e angústia.

Misturam-se o ontem e o hoje contidos em vozes passadas, entretanto tão presentes. Reter doces lembranças nas vozes do passado ajuda a manter o sonho da paz. Romper o silêncio da angústia, abrir o peito para vida percebida e sentida na relva, no vôo da borboleta e no vento.

Na harmonia da natureza o Ser debubraça em choro de alegria e tristeza. Tudo em volta anuncia a sincronicidade da vida, que teima em trazer, no som silencioso das vozes, a esperança de dias melhores. Dias nos quais a humanidade brote no Ser como as flores brotam no pantanal e o rio corre para o mar.

anoitecer traz consigo o céu pontilhado de estrelas. O dia entra pela noite e reflete a seqüência da cadência do tempo. A vida traz bons e maus momentos. E no silêncio a presença da vida.

 

Norma Emiliano é Terapeuta de Família e Assistente Social, e mantém a homepage Pensando em Família.
( http://www.pensandoemfamilia.com.br)

 

paisagem

 

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