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Referendo em Portugal: Médicos do «não» exibem filmes sobre o aborto
Médicos defensores do «não» propuseram-se hoje «esclarecer as pessoas» sobre a «verdade» do aborto mostrando filmes de ecografias para ilustrar como são os embriões às dez semanas, tempo limite para abortar sem penalizações a referendar em Fevereiro.

«Há quem diga que os nossos argumentos não têm interesse e são coisas incompreensíveis», mas «nós queremos dizer a verdade e isto é a verdade», disse o médico obstetra Álvaro Malta, antigo responsável na Maternidade Alfredo da Costa no final da apresentação, intitulada «O Protagonista do Referendo».

Às dez semanas o embrião já tem o sistema vascular periférico formado, os braços já dobram, as pernas já estão formadas, embora ainda não dobrem, os dedos estão desenvolvidos, apesar de ainda estarem ligados por uma membrana, mede 33 milímetros e pesa 10 gramas, explicou o clínico.

Na iniciativa, promovida pela plataforma «Não Obrigada» no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o clínico, introdutor da ecografia em Portugal «há 40 anos» reconheceu, contudo, que «há sempre exageros» nas campanhas.

«Mas não sei se há pessoas que querem ser esclarecidas», adiantou, numa alusão aos defensores do «sim» no referendo de 11 de Fevereiro.

O objectivo da exibição dos filmes e de uma sequência de slides para ilustrar o desenvolvimento do embrião desde a concepção até às dez semanas de gestação foi «mostrar as evidências científicas» sobre o desenvolvimento do embrião às dez semanas, disse Álvaro Malta.

O médico diz não ter dúvidas de que «uma mãe que faz um aborto mata um embrião» e diz que é uma «questão de terminologia» que a alteração de lei proposta em referendo seja designada descriminalização, despenalização ou liberalização.

Mas afirma que se recusa «ser juiz» quando confrontado com a atitude de abortar: «Tenho muita pena de quando as mulheres fazem aborto, mas não as julgo», disse à agência Lusa o também antigo director do Serviço de Obstetrícia da Maternidade Alfredo da Costa.

Depois de apresentar cronologicamente o desenvolvimento do feto até às dez semanas, Álvaro Malta interrogou se «alguém tem direito de interromper esta evolução extraordinária».

«Todos nós passamos por isto», acentuou, afirmando, a concluir, que «O Protagonista do Referendo» pode vir a «ser médico, Presidente da República, papa, tudo».

A clínica, que realizou os filmes das ecografias apresentados de grávidas que acompanha, disse que a «imagem é muito importante para a forma como vamos ver o nosso semelhante» e conclui que o referendo de Fevereiro tem uma perspectiva mais alargada do que referendar a despenalização do aborto.

Fonte: Diário Digital / Lusa - 25-01-2007



 

 

Publicado no Portal da Família em 06/02/2007

 

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