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A importância de ensinar a dizer "não"

Jane Brody, colunista de saúde nos EUA, comenta as conseqüências das relações sexuais precoces

Jane Brody lembra que, nos Estados Unidos, cerca de 40% das garotas engravidam antes de chegar aos 20 anos. O índice de gestações em adolescentes mais que triplicou entre 1960 e o início da década de 90. Agora se estabilizou, mas ainda assim é muito mais alto que em outros países desenvolvidos: é o dobro da Inglaterra e do Canadá, e nove vezes maior que no Japão. Por isso, "é fundamental saber como resistir à pressão" para ter relações sexuais. Sobre este assunto, Brody menciona um estudo realizado na Nova Zelândia e publicado no British Medicai Journal em janeiro passado. Trata-se de uma pesquisa com 900 jovens de 21 anos, homens e mulheres.

De acordo com o estudo, a idade média em que tiveram suas primeiras relações sexuais foi de 16 anos para as mulheres e 17 anos para os homens. Agora, "muitos daqueles que iniciaram sua atividade sexual no princípio ou em meados da adolescência se arrependem de haver começado tão jovens". 54% das mulheres e 16% dos homens dizem que deveriam ter esperado mais. A porcentagem chega a 70% entre as mulheres que tiveram sua primeira relação sexual antes dos 16 anos.

Outro dado revelado pela pesquisa é o de que os que iniciaram sua vida sexual mais cedo contraíram doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em maior porcentagem. Tomando como referência a idade de 16 anos, o resultado é o seguinte: dos que começaram a ter relações sexuais antes desta idade, 16% dos homens e 28% das mulheres contraíram alguma DST, contra 6% e 12%, respectivamente, dos que começaram a vida sexual mais tarde. Nos Estados Unidos, cerca de 3 milhões de adolescentes contraem doenças sexualmente transmissíveis anualmente.

Os autores do estudo neozelandês explicam o aumento das relações sexuais entre adolescentes desta maneira: "Os jovens estão expostos a imagens sexuais através dos meios de comunicação. A pressão social e dos colegas pode dever-se ao fato de que o sexo se apresenta como algo atrativo, prazeroso e próprio dos adultos, sem as conseqüências negativas nem as possibilidades que implica". Esta idéia manca da sexualidade é prejudicial, como ressalta outro estudo, publicado na revista norte-americana Family Planning Perspectives, que cita Jane Brody: as garotas que têm relações sexuais mais cedo costumam sofrer de depressão, baixa auto-estima e uma sensação de que a sua vida não está sob seu controle. A autora do artigo acrescenta: "Para que não acreditemos que as garotas que têm relações sexuais agem assim porque não podem resistir, em uma pesquisa realizada há seis anos, 25% das meninas disseram que sua primeira experiência foi 'voluntária mas não desejada'". Brody conclui que "reduzir a atividade sexual precoce e perigosa exige muito mais que informação sobre sexualidade e contracepção": é preciso "ensinar-lhes como e por que dizer 'não"'.


Resumo de International Herald Tribune, 21/9/1998

Fonte: INTERPRENSA - ANO II - Número 20 - Dezembro/1998 - www.interprensa.com.br



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